O corregedor-geral de Justiça solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o compartilhamento de provas da operação Última Ratio, realizada pela Polícia Federal contra desembargadores de Mato Grosso do Sul. Com a disponibilização dessas evidências, será aberto um procedimento administrativo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apurar possíveis irregularidades envolvendo magistrados da região. O CNJ destacou que, caso sejam encontrados indícios de má conduta, medidas serão tomadas para proteger os jurisdicionados.
Nesta ação, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão contra cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), que estão sendo investigados por supostas práticas de venda de sentenças, lavagem de dinheiro e extorsão. O STJ decidiu afastar os magistrados de suas funções por um período de 180 dias, impondo também o uso de tornozeleiras eletrônicas e a proibição de contato entre os envolvidos na investigação.
Em resposta à operação, a Vice-Presidência do TJMS informou que as medidas determinadas pelo ministro do STJ estão sendo executadas sem comprometer os serviços judiciais prestados à população. O inquérito da Polícia Federal apresenta evidências de movimentações financeiras suspeitas, incluindo compras de bens com dinheiro em espécie, além de evidências digitais que datam desde 2017. O TJMS reafirmou seu compromisso com a transparência e a integridade dos serviços judiciais, garantindo que a situação não afeta os demais membros da justiça local.