A peça “Sancta Susanna” estreou recentemente em Stuttgart, Alemanha, e rapidamente gerou controvérsias, com 18 espectadores necessitando de atendimento médico durante uma das apresentações. A produção, criada por Paul Hindemith e reimaginada por Florentina Holzinger, apresenta cenas de sexo explícito e o uso de sangue real como parte da cenografia, o que causou reações intensas na audiência.
Originalmente montada em 1921, a ópera retrata o desenvolvimento sexual de mulheres em um ambiente opressivo, abordando temas como a influência do cristianismo na sexualidade feminina. A narrativa foca principalmente em freiras, além de incluir uma atriz com nanismo interpretando o Papa. O espetáculo, que alerta para a presença de cenas fortes, busca explorar questões de espiritualidade, sexualidade e crítica à religião, levando a um exame profundo da violência social e religiosa.
Com a próxima exibição marcada para 26 de outubro, os ingressos já estão esgotados, refletindo a atenção e o interesse do público pela obra. Apesar do aviso de restrição etária e da natureza provocativa da montagem, a peça continua a atrair espectadores, gerando um debate sobre os limites da arte e sua capacidade de chocar e instigar reflexões sociais.