O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas emitiu um alerta sobre a situação crítica em Gaza, enfatizando que a ofensiva militar de Israel pode estar resultando na morte e deslocamento da população palestina. Com um número alarmante de mais de 42.000 mortes atribuídas a bombardeios ao longo do último ano, a situação humanitária se agravou, especialmente no norte de Gaza, onde as operações militares se intensificaram desde 7 de outubro. Muitos palestinos já enfrentavam dificuldades significativas, incluindo fome e deslocamento, antes mesmo do agravamento das hostilidades.
O comunicado da ONU destaca que, apesar das exigências do exército israelense para que os civis evacuassem o norte de Gaza, os bombardeios na região, especialmente nas áreas ao redor do Campo Jabalya, continuaram sem pausa. A ONU reiterou a necessidade de Israel seguir as ordens do Tribunal Internacional de Justiça, que requer que medidas sejam tomadas para evitar genocídio contra os palestinos em Gaza. Essa situação é preocupante, especialmente em localidades como Jabalya, Beit Lahiya e Beit Hanoun, onde o impacto da guerra tem sido devastador.
As relações entre Israel e a ONU estão em um ponto crítico, com investigações recentes acusando o país de uma campanha deliberada para destruir o sistema de saúde em Gaza, considerada uma violação das leis de guerra. Em resposta a essas alegações, o Ministério das Relações Exteriores de Israel rejeitou as acusações como ultrajantes. A escalada do conflito e a deterioração da situação humanitária em Gaza continuam a gerar preocupações globais, enquanto a ONU faz um apelo urgente para a proteção da população civil.