O sistema de voto indireto dos Estados Unidos, por meio do Colégio Eleitoral, é fundamental para a escolha do presidente. Nele, cada estado e o Distrito de Colúmbia têm um número específico de delegados proporcional à sua população. Apesar de a maioria dos estados seguirem o resultado do voto popular, a eleição pode resultar em situações em que o candidato mais votado pela população não seja eleito, como ocorreu em 2000 e 2016. Isso acontece porque o candidato que recebe a maioria dos votos em um estado conquista todos os delegados dessa região, independentemente da margem de vitória.
A composição do Colégio Eleitoral conta com 538 delegados, dos quais um candidato precisa de pelo menos 270 para vencer. Estados com maior população, como a Califórnia e Nova York, possuem mais delegados, o que pode influenciar o resultado final. Além disso, há exceções, como os estados de Nebraska e Maine, que têm sistemas próprios de distribuição de delegados. A história do Colégio Eleitoral remonta ao século XVIII, quando a constituição americana foi criada, visando equilibrar o poder entre estados grandes e pequenos em um território vasto.
Se nenhum candidato alcançar a maioria dos delegados, a eleição pode ser decidida pela Câmara dos Representantes, um cenário raro, mas possível. Neste caso, cada estado teria direito a um voto, o que poderia levar a negociações prolongadas. O Colégio Eleitoral, embora criticado, ainda é visto como uma forma de garantir que diferentes vozes e interesses regionais sejam considerados na política americana, refletindo a diversidade do país.