O Pregador Capuchinho da Casa Papal é uma figura pouco conhecida, mas de grande importância na Igreja Católica. A origem desse cargo remonta ao século XVI, tendo sido estabelecido inicialmente como pregador apostólico em 1555, com a exclusividade dos capuchinhos sendo garantida em 1743 pelo Papa Bento XIV. O atual pregador, Raniero Cantalamessa, ocupa a posição desde 1980 e tem a responsabilidade de pregar ao papa, cardeais e bispos em períodos significativos do calendário litúrgico, como o Advento e a Quaresma.
Cantalamessa, um especialista na história dos franciscanos, tem se destacado por sua influência nos temas abordados em seus sermões, refletindo sobre questões relevantes para a Igreja e a sociedade. Seus discursos são frequentemente vistos como indicadores do clima geral da Igreja e das prioridades do papado, e ele se manifestou sobre temas contemporâneos, como a crise de abuso sexual, o papel do dinheiro na sociedade e a promoção do ecumenismo. Sua liberdade para escolher os temas das pregações proporciona um espaço para discussões importantes dentro do catolicismo.
Recentemente, Cantalamessa buscou ajuda para a edição em inglês de seus sermões, o que levou a uma colaboração com um pesquisador da Universidade de Durham. Essa parceria resultou em uma nova edição de seus sermões, destacando a relevância de suas reflexões e a importância do papel que desempenha na Igreja Católica. A trajetória do Pregador Capuchinho revela não apenas uma função religiosa, mas também uma influência significativa nas diretrizes e debates que permeiam a Igreja nos dias atuais.