A Associated Press (AP) tem sido uma referência na contagem de votos e na declaração de vencedores nas eleições dos Estados Unidos por 178 anos. Diferentemente do Brasil, onde existe um órgão central como o Tribunal Superior Eleitoral, a apuração nos EUA é descentralizada, com cada estado possuindo suas próprias regras e métodos de votação, que incluem cédulas de papel, urnas eletrônicas e votos pelo correio. Esse sistema complexo pode atrasar a divulgação dos resultados, com a AP reunindo dados de mais de 5 mil disputas para fornecer informações precisas e padronizadas ao público.
O sistema eleitoral americano é baseado no Colégio Eleitoral, onde cada estado tem um número distinto de delegados que pode influenciar o resultado final da eleição. A AP utiliza uma equipe de analistas para projetar vencedores em estados antes mesmo da contagem total de votos ser concluída, considerando fatores como histórico de votos, demografia e pesquisas. Essa abordagem permite que a agência faça declarações fundamentadas mesmo em cenários de votação acirrada, ajudando a prever resultados com base em tendências anteriores e dados demográficos.
A história da AP na cobertura das eleições começou em 1848 e evoluiu ao longo do tempo, incorporando novas tecnologias e métodos de apuração. Durante as eleições, cerca de 4.000 repórteres da AP atuam para coletar dados diretamente das autoridades locais, garantindo a precisão da informação. Com a modernização dos meios de comunicação, a AP se tornou independente na contagem de votos após a eleição de 2016, continuando a oferecer uma alternativa robusta às pesquisas de boca de urna, consolidando seu papel como fonte confiável de informações eleitorais nos Estados Unidos.