Os cabos submarinos são essenciais para a comunicação digital mundial, com 99% das comunicações dependentes deles. Em 1929, um terremoto na costa da Península de Burin, no Canadá, causou um deslizamento de terra submarino que resultou na ruptura de 12 cabos transatlânticos, revelando a vulnerabilidade dessa infraestrutura. Embora os danos sejam frequentemente causados por atividades humanas, como pesca e ancoragem, apenas uma fração está relacionada a fenômenos naturais. A maioria dos cabos submarinos é projetada para ser leve e resistente, utilizando materiais como Kevlar para proteção.
Atualmente, existem cerca de 1,4 milhão de quilômetros de cabos submarinos no fundo do mar, capazes de transmitir dados em velocidades rápidas. A manutenção e reparo desses cabos são realizadas por uma rede de navios especializados, que estão posicionados estrategicamente para realizar reparos em prazos relativamente curtos. Apesar da possibilidade de falhas, a redundância da rede global permite que a comunicação continue em caso de danos, minimizando o impacto para os usuários.
Além de sua função na comunicação, os cabos submarinos também desempenham um papel importante na pesquisa científica, servindo como sensores para monitorar eventos como terremotos e mudanças climáticas. Com a crescente dependência da internet em nossa vida cotidiana, é crucial entender como esses cabos operam e quais os desafios enfrentados, principalmente em regiões vulneráveis a desastres naturais e atividades humanas. A diversificação das rotas de cabos e o aumento da conscientização sobre sua localização são essenciais para garantir a continuidade da conectividade.