O risco de morte durante ondas de calor é 34% maior em áreas densamente povoadas, evidenciando a necessidade de discutir as consequências das mudanças climáticas na qualidade de vida dos idosos. Durante o GeriatRio 2024, especialistas, como a médica Gina Torres Rego Monteiro, alertaram que as mudanças climáticas vão além do aumento da temperatura, afetando a saúde por meio de eventos meteorológicos extremos, que têm contribuído para o surgimento de doenças sensíveis ao clima, como as cardiovasculares e respiratórias.
As ondas de calor, que levaram a um aumento alarmante de mortes nos últimos anos, destacam uma mudança significativa na prevalência de condições médicas entre a população. Segundo a médica Cristiane Novaes, os idosos estão especialmente vulneráveis a problemas como taquicardia e hipertensão, que estão se tornando cada vez mais comuns. Além das questões físicas, o impacto psicológico, como aumento de estresse e transtornos mentais, também é uma preocupação crescente.
Por fim, o relatório 2024 State of the Climate Report chama a atenção para a urgência da crise climática e destaca a importância de ações coordenadas entre políticas públicas. Os cientistas afirmam que, embora haja conhecimento sobre as medidas necessárias para mitigar a crise, como a redução das emissões de carbono e a promoção de dietas baseadas em plantas, é fundamental agir de maneira integrada para enfrentar esses desafios de forma eficaz.