Na abertura da segunda-feira, o dólar começou a operar com tendência de alta, alinhando-se à curva de Treasuries, mas logo passou a mostrar uma inclinação de baixa. A moeda norte-americana foi influenciada por ingressos de fluxo comercial para carry trade, impulsionados pelas expectativas de um aumento da taxa Selic devido à inflação elevada e cortes menos agressivos de juros nos EUA após um forte relatório do mercado de trabalho. A contínua valorização do petróleo também favoreceu a apreciação do real.
No cenário doméstico, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou um aumento de 1,03% em setembro, superando as previsões de 0,83%. O aumento significativo na tarifa de energia elétrica residencial foi um fator relevante que pressionou a inflação no varejo. No Boletim Focus, a mediana para a inflação suavizada nos próximos 12 meses caiu de 3,97% para 3,92%, enquanto a projeção para o IPCA de 2024 permaneceu próxima do teto da meta, estabelecendo-se em 4,38%.
As expectativas de juros também sofreram ajustes, com a maioria dos investidores precificando uma redução de 25 pontos-base pelo Federal Reserve em novembro, mas eliminando a possibilidade de cortes mais profundos. As medianas para os horizontes mais longos de inflação, como 2026 e 2027, mantiveram-se estáveis, refletindo um cenário de incerteza que persiste no mercado. Às 9h46, o dólar à vista estava em queda de 0,47%, cotado a R$ 5,430.