O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil e o mundo enfrentam um processo de desindustrialização, atribuindo isso ao aumento dos custos de produção. Ele destacou que, nos últimos 40 anos, o país vivenciou uma desindustrialização severa e precoce, impulsionada pela transferência da produção para países asiáticos, onde a fabricação se torna mais acessível e eficiente. Essa mudança exige que o Brasil encontre formas de produzir de maneira competitiva, especialmente em setores essenciais, como o de medicamentos.
Alckmin também enfatizou a crescente tendência do protecionismo global, citando o aumento de impostos de importação nos Estados Unidos, que chegam a 100%. Para ele, essa realidade reforça a necessidade de investir no desenvolvimento e na inovação da indústria brasileira, além de reduzir a burocracia que pode dificultar a competitividade do setor. A globalização, embora avançada, não deve impedir o Brasil de manter sua capacidade produtiva.
Nesse contexto, o governo brasileiro lançou a Nova Indústria Brasil (NIB), que tem como pilares a inovação, a sustentabilidade, a competitividade e a exportação. Alckmin destacou que a NIB propõe um conjunto de iniciativas voltadas para a pesquisa e inovação industrial. Ele concluiu que o momento atual exige uma adaptação rápida e eficiente para garantir que a indústria brasileira se mantenha relevante e competitiva no cenário global.