A ostra japonesa, conhecida como Crassostrea gigas, tem se destacado na aquicultura brasileira, especialmente na ilha de Florianópolis, Santa Catarina. Este local é responsável por mais de 90% da produção nacional, com cerca de 1.300 toneladas produzidas anualmente. O cultivo dessa espécie foi introduzido no Brasil na década de 80 e, após um processo de seleção genética, mostrou-se adaptável ao clima tropical, apresentando uma velocidade de crescimento superior em comparação com as espécies nativas, como a ostra-de-mangue.
O processo de cultivo das ostras em Florianópolis envolve diversas etapas, começando com a introdução das sementes em cilindros de assentamento e, posteriormente, em estruturas conhecidas como travesseiros e lanternas para acelerar seu crescimento. Apesar de fatores como o posicionamento nas estruturas afetarem o desenvolvimento das ostras, as práticas de cultivo buscam garantir que todas as ostras tenham oportunidade de crescer. A alimentação delas é composta principalmente de fitoplâncton, e a qualidade da água é crucial para sua saúde e produtividade.
A produção de ostras é caracterizada por métodos sustentáveis e orgânicos, isentos de produtos químicos, e contribui para a biodiversidade marinha nas áreas de cultivo. A ostra japonesa, além de não representar um risco invasivo, favorece a formação de ecossistemas ricos. Na fazenda de ostras, técnicas de energia limpa são utilizadas, e o excedente das conchas é reaproveitado na construção civil e no artesanato local, evidenciando uma abordagem sustentável e integrada à comunidade.