O indicado pelo presidente Lula para presidir o Banco Central, Gabriel Galípolo, se apresentou aos senadores em uma sabatina, enfatizando sua autonomia na tomada de decisões, caso seja aprovado. Lula reiterou suas críticas à elevada taxa de juros no país, afirmando que, apesar do atual patamar, os índices devem ceder em função de uma melhora nas condições econômicas. Galípolo, por sua vez, ressaltou que teve garantias do presidente sobre sua liberdade para agir à frente da instituição, destacando a importância de decisões orientadas pelo bem-estar da população.
O presidente também se manifestou sobre a recente elevação da taxa Selic em 0,25 ponto percentual, que agora se encontra em 10,75%, sendo essa a primeira alta de juros desde agosto de 2022. Essa mudança ocorreu durante um período em que Lula criticou a gestão anterior do Banco Central, liderada por um indicado do governo anterior. O apoio a Galípolo é visto como uma tentativa de alinhar a política monetária com as prioridades do governo atual, visando a recuperação econômica.
Além das questões econômicas, Lula aproveitou a oportunidade para condenar ações militares em conflitos internacionais, como a situação na Faixa de Gaza e no Líbano, expressando sua insatisfação com a violência e destacando esforços para repatriar brasileiros e libaneses. A cerimônia de sanção de um projeto de transição energética serviu como palco para essas declarações, refletindo a intenção do governo de abordar tanto questões internas quanto externas.