Um recente ensaio clínico revelou que a combinação do medicamento de imunoterapia nivolumabe com três quimioterapias diferentes pode aumentar significativamente as taxas de sobrevivência em pacientes com linfoma de Hodgkin em estágio avançado, incluindo crianças a partir de 12 anos. Os resultados, publicados no New England Journal of Medicine, mostraram que 92% dos pacientes tratados com esta nova abordagem permaneceram livres de progressão da doença após dois anos, em comparação com 83% no grupo que recebeu o tratamento padrão com brentuximabe vedotina.
O estudo incluiu aproximadamente 1.000 pacientes recém-diagnosticados e foi realizado em 256 centros nos Estados Unidos e Canadá entre julho de 2019 e outubro de 2022. Os pesquisadores observaram que, além do aumento nas taxas de sobrevida, o tratamento com nivolumabe resultou em menos efeitos colaterais adversos em comparação ao regime tradicional. Apenas sete pacientes necessitaram de radioterapia, um tratamento que pode causar efeitos colaterais significativos. Embora a neutropenia, uma condição relacionada à baixa contagem de glóbulos brancos, tenha sido mais comum no grupo tratado com nivolumabe, a abordagem geral demonstrou um perfil de segurança mais favorável.
Os pesquisadores destacam a importância de acompanhar os pacientes a longo prazo para garantir que os resultados positivos sejam sustentáveis. Com a expectativa de que a FDA avalie o nivolumabe como uma opção de tratamento padrão para o linfoma de Hodgkin em estágio 3 ou 4, o estudo representa um avanço significativo na busca por novas terapias para esse tipo de câncer, que afeta milhares de pessoas anualmente nos Estados Unidos. A imunoterapia está se consolidando como uma revolução no tratamento oncológico, com a promessa de melhorar as perspectivas para pacientes em todo o mundo.