Especialistas apontam que a hipertensão arterial, conhecida como pressão alta, é uma preocupação crescente no Brasil, onde aproximadamente 38 milhões de pessoas convivem com a condição. A taxa de mortalidade relacionada à hipertensão teve um aumento significativo entre 2011 e 2021, refletindo a gravidade do problema como uma questão de saúde pública. Um novo consenso entre médicos europeus redefiniu a pressão arterial normal, considerando 12 por 8 como alta. O texto destaca que a hipertensão é influenciada por fatores de risco internos e externos, com ênfase especial na genética, consumo excessivo de sal, má alimentação, sedentarismo, condições socioeconômicas e idade.
Os fatores de risco para a hipertensão incluem a predisposição genética, que pode representar até 50% dos casos, e o consumo excessivo de sal, que no Brasil está muito acima da recomendação da OMS. Além disso, a má alimentação, caracterizada pelo consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física, contribui para o aumento do sobrepeso e obesidade, que são diretamente relacionados à hipertensão. O cenário socioeconômico também desempenha um papel crucial, pois famílias de baixa renda tendem a optar por alimentos ultraprocessados devido à falta de acesso a opções mais saudáveis.
A idade é outro fator determinante, com cerca de 60% das pessoas acima de 60 anos apresentando hipertensão. A falta de diagnóstico e tratamento adequado pode levar a complicações graves, como infartos e AVC. Para prevenir e controlar a hipertensão, é recomendada uma alimentação saudável, a prática regular de exercícios e o controle do estresse. As Diretrizes Brasileiras de Hipertensão enfatizam a dieta DASH e a importância de hábitos de vida saudáveis como medidas efetivas na luta contra a hipertensão arterial.