As negociações para um novo acordo de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, estão prestes a ser finalizadas, com a assinatura marcada para esta sexta-feira, 25 de outubro. A tragédia, que ocorreu em 5 de novembro de 2015, resultou em 19 mortes e impactou severamente comunidades, o meio ambiente e o Rio Doce, levando a um processo de reparação que já dura quase nove anos. As tratativas começaram em 2021, mas enfrentaram impasses sobre valores e cláusulas contratuais, o que adiou a conclusão.
Em abril, as mineradoras envolvidas propuseram um valor de R$ 127 bilhões, mas a oferta foi rejeitada pelo poder público. A partir de então, as negociações se intensificaram, culminando em propostas sucessivas que variaram entre R$ 109 bilhões e R$ 170 bilhões. A proposta mais recente inclui R$ 38 bilhões em obrigações a serem cumpridas pela empresa responsável, com a expectativa de que cerca de R$ 40 bilhões sejam destinados a aproximadamente 300 mil pessoas afetadas pela tragédia.
A validação final do acordo ficará a cargo do Supremo Tribunal Federal, que analisará o pedido das partes envolvidas, apontando que divergências ainda podem gerar novos conflitos judiciais. A importância deste acordo é fundamental para a reparação dos danos ainda não resolvidos e para o reassentamento das famílias que perderam suas casas, evidenciando a necessidade de ações efetivas para mitigar os impactos da tragédia.