Na sexta-feira, 25 de outubro, foi assinado um novo acordo entre o governo federal, os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, o Ministério Público, a Defensoria e mineradoras, visando a reparação integral dos danos causados pela tragédia de Mariana, ocorrida em 2015. O desastre, resultante do rompimento da barragem da mineradora Samarco, provocou a morte de 19 pessoas e causou danos ambientais significativos na bacia do Rio Doce, afetando 49 municípios. Nove anos após o incidente, o novo pacto foi necessário devido à insatisfação com o primeiro acordo, que foi considerado insuficiente para atender às necessidades das vítimas.
O novo acordo prevê um total de R$ 170 bilhões, com recursos destinados à indenização de aproximadamente 300 mil pessoas que perderam suas casas ou meios de subsistência. Os valores incluem indenizações de R$ 35 mil para aqueles que não foram compensados anteriormente e até R$ 95 mil para pescadores e agricultores afetados. Além disso, o governo comprometeu-se a implementar medidas de recuperação ambiental e a apoiar projetos de infraestrutura e saúde nas áreas impactadas. As indenizações deverão ser pagas em um prazo de até 150 dias.
A extinção da Fundação Renova foi uma das principais mudanças deste novo acordo, que busca evitar que tragédias semelhantes ocorram no futuro. Autoridades enfatizaram a importância de resolver o problema de forma interna, evitando que a questão fosse tratada por jurisdições estrangeiras. O presidente da República, em seu discurso, destacou a necessidade de responsabilidade das mineradoras e reforçou que as lições aprendidas devem ser aplicadas para prevenir novos desastres ambientais.