Nas eleições municipais de 2024, nove candidatos a vereador na região do Alto Tietê não conseguiram registrar nenhum voto, conforme levantamento realizado com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As justificativas para essa performance incluem problemas de saúde, falta de recursos do fundo eleitoral e até mesmo o desconhecimento de suas próprias candidaturas. A advogada e professora de Direito Eleitoral, Isis Sangy, enfatiza que é essencial que os candidatos que decidirem desistir de suas candidaturas informem à Justiça Eleitoral, uma vez que a ausência dessa comunicação pode levar a indícios de irregularidades.
Entre os casos notáveis está o de Érika Munike Mesquita, que, apesar de constar na lista de candidatos, afirmou não ter se candidatado. O partido ao qual está filiada, o PDT, alegou que, embora tivesse a intenção de lançá-la como candidata, a falta de recursos impediu a efetivação de sua candidatura. Outras candidaturas na mesma situação, como as de Suely Maria e Gabriel Lourenço, do PRTB, foram atribuídas à falta de fundo eleitoral, enquanto candidatos de Poá e Santa Isabel também relataram dificuldades relacionadas à saúde e à falta de campanha.
A advogada Sangy explica que os partidos podem lançar candidatos a vereador conforme o número de vagas disponíveis, mas o sucesso nas eleições depende do engajamento e da realização efetiva das campanhas. Além disso, o fundo eleitoral, que é destinado para cobrir as despesas de campanha, não garante a distribuição equitativa entre todos os candidatos, refletindo a complexidade da legislação eleitoral. A questão das chamadas “candidaturas laranjas” também foi abordada, destacando a importância da transparência no processo eleitoral para evitar fraudes e garantir a integridade das candidaturas.