A partir de hoje, novas regulamentações entram em vigor para o mercado de apostas no Brasil, após anos de espera desde a legalização em 2018. Mais de 170 empresas estão em processo de certificação pelo Ministério da Fazenda, enquanto centenas de sites considerados irregulares deverão ser bloqueados pela Anatel. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatiza a necessidade de organizar o setor e proteger os consumidores, especialmente as famílias de baixa renda, que são mais vulneráveis ao vício em apostas.
O mercado de apostas, que movimentou R$ 160 bilhões apenas nos primeiros oito meses de 2024, conta com cerca de 2 mil empresas ativas. Apesar da expectativa de crescimento, o governo federal, agora sob a gestão de Lula, se compromete a regulamentar a atividade para evitar danos financeiros e psicológicos aos cidadãos. O Banco Central está monitorando o impacto das apostas no endividamento da população e considera medidas que podem restringir o uso de cartões do Bolsa Família em transações de apostas.
Além disso, as novas regras exigem que as empresas que patrocinam times de futebol e outros esportes tenham sede no Brasil. Haddad anunciou que até 600 sites de apostas irregulares serão eliminados em outubro, destacando a urgência em regularizar a atividade. O debate sobre as apostas continua a atrair atenção, com especialistas discutindo suas implicações sociais e econômicas.