A partir de 1º de novembro, novas normas para a concessão de empréstimos imobiliários entram em vigor, afetando imóveis com valor de até R$ 1,5 milhão. O aumento dos saques da caderneta de poupança, que se tornou a principal fonte de financiamento para esses empréstimos, está dificultando o acesso ao crédito. As famílias, pressionadas pela crise econômica e pela pandemia, têm utilizado suas economias para quitar contas e investir em outras opções, resultando em uma diminuição de recursos disponíveis para os bancos.
As mudanças nas regras incluem a redução do financiamento máximo na modalidade SAC, que passará de 80% para 70% do valor do imóvel, e na modalidade Price, que cairá de 70% para 50%. Esses ajustes refletem a escassez de recursos disponíveis para crédito, forçando os bancos a se tornarem mais seletivos e, consequentemente, aumentando as taxas de juros, o que pode tornar a aquisição da casa própria mais distante para muitas famílias, especialmente da classe média.
Economistas apontam que essa restrição no crédito pode afetar diretamente aqueles que estão prontos para adquirir um imóvel, mas que podem ver seus pedidos de financiamento negados. Especialistas alertam que a situação pode levar a uma maior seletividade por parte das instituições financeiras, complicando ainda mais o sonho da casa própria para uma parte significativa da população.