Desde que o programa Apollo da Nasa terminou em 1972, os humanos não retornaram à lua, mas o programa Artemis planeja levar astronautas de volta à superfície lunar, com o primeiro pouso tripulado previsto para 2026. Uma das inovações em desenvolvimento para apoiar essas missões é o sistema de membros robóticos vestíveis, conhecidos como SuperLimbs, projetado para ajudar os astronautas a se recuperarem de quedas. Esses dispositivos, que se estendem a partir de uma mochila, têm como objetivo fornecer suporte e alavancagem, especialmente em um ambiente de gravidade parcial, onde o equilíbrio pode ser desafiador.
Os SuperLimbs foram desenvolvidos por Harry Asada, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e estão sendo adaptados para uso em missões espaciais. Eles já foram testados em trabalhadores de fabricação e construção, e agora Erik Ballesteros, um estudante de doutorado do MIT, está trabalhando para otimizar esses membros para astronautas. Embora a tecnologia ainda necessite de aperfeiçoamentos antes de uma demonstração humana, a expectativa é que ela se torne um auxílio importante, especialmente considerando que os astronautas da Apollo caíram 27 vezes em suas missões, conforme dados de um estudo da Universidade de Michigan.
A utilização dos SuperLimbs não apenas pode facilitar a recuperação de quedas, mas também promete reduzir o custo metabólico das atividades lunares, ajudando os astronautas a se moverem com mais eficiência. No futuro, a expectativa é que esses membros robóticos se tornem uma extensão natural do corpo dos astronautas, mudando a forma como as atividades são realizadas na lua e preparando o caminho para futuras expedições a Marte. A evolução dessa tecnologia pode representar um novo paradigma na forma como os astronautas trabalham e vivem em ambientes extraterrestres.