O Prêmio Nobel de Medicina de 2024 foi concedido aos cientistas americanos pela descoberta do microRNA e seu papel crucial na regulação genética, segundo anunciou o Instituto Karolinska. Essa descoberta é fundamental para a compreensão de doenças como o câncer, permitindo avanços significativos no desenvolvimento de tratamentos e diagnósticos. Os pesquisadores evidenciaram que, apesar de todas as células do corpo humano possuírem o mesmo conjunto de genes, a regulação adequada dessas informações genéticas é que possibilita a especialização das células em diferentes tipos de tecidos.
Os microRNAs, identificados pela dupla de cientistas, são pequenas moléculas de RNA que atuam como reguladores da expressão gênica, influenciando a produção de proteínas essenciais para diversas funções celulares. Essa regulação é crucial para a formação de células e tecidos, além de ser vital para a resposta adaptativa do organismo a mudanças internas e externas. A desregulação desses microRNAs está associada a várias doenças crônicas, incluindo o câncer e distúrbios neurodegenerativos, o que abre novas possibilidades para o entendimento e tratamento dessas condições.
O prêmio, além do reconhecimento internacional, inclui uma quantia significativa em dinheiro e se junta a uma longa tradição de honrarias que busca celebrar descobertas que impactam a medicina e as ciências biológicas. Desde sua criação, o Nobel de Medicina tem premiado inovações que transformam o conhecimento científico, sendo que as contribuições recentes, como a tecnologia de vacinas de mRNA, também demonstram a relevância contínua da pesquisa básica para a saúde global.