O Nobel de Medicina de 2024 foi concedido aos cientistas americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun pelo trabalho inovador relacionado ao microRNA e sua função na regulação genética, conforme anunciado pelo Instituto Karolinska, na Suécia. Essa pesquisa é fundamental para o entendimento de doenças, como o câncer, além de contribuir para o desenvolvimento de novos tratamentos. A descoberta do microRNA, uma classe de pequenas moléculas de RNA, foi publicada pela primeira vez em 1993 e agora é reconhecida como uma parte crucial da codificação genética humana, envolvendo mais de mil microRNAs.
A premiação, que inclui uma medalha, um diploma e uma quantia em dinheiro equivalente a 11 milhões de coroas suecas, destaca a importância de descobertas significativas nas ciências biológicas e na medicina. A Assembleia do Nobel, composta por 50 membros, é responsável pela seleção dos laureados, cuja identidade permanece em sigilo até a cerimônia de entrega. O prêmio, que existe desde 1901, não é concedido postumamente e foi entregue a 114 laureados na área de Medicina entre 1901 e 2023, com um histórico de poucas mulheres entre os premiados.
A edição anterior do Nobel de Medicina foi concedida a Katalin Karikó e Drew Weissman, em reconhecimento à criação da tecnologia de vacinas de mRNA, que teve papel crucial no combate à pandemia de covid-19. O prêmio deste ano ressalta a continuidade do reconhecimento às descobertas científicas que impactam a saúde global, reforçando a relevância da pesquisa em genética e seu potencial para transformar o tratamento de doenças graves.