O Prêmio Nobel de Física de 2024 foi concedido a John Hopfield e Geoffrey Hinton, destacados pesquisadores cujos estudos revolucionaram o campo do aprendizado de máquina. Anunciado pela Real Academia Sueca de Ciências, o prêmio reconhece contribuições que facilitaram o desenvolvimento de tecnologias amplamente utilizadas atualmente, como reconhecimento facial e traduções automáticas. As pesquisas de Hopfield e Hinton, iniciadas na década de 1980, têm como objetivo replicar funções do cérebro humano, como memória e aprendizado, utilizando redes neurais artificiais.
Hopfield, da Universidade Princeton, desenvolveu uma memória associativa capaz de armazenar e reconstruir imagens, permitindo a identificação de padrões, mesmo quando estes estão distorcidos. Hinton, por sua vez, é responsável por um método que possibilita a identificação autônoma de propriedades em dados, facilitando tarefas complexas, como o reconhecimento de elementos específicos em imagens. Segundo Ellen Moons, presidente do Comitê Nobel de Física, essas inovações têm aplicação em diversas áreas da Física, incluindo o desenvolvimento de novos materiais.
O prêmio não apenas oferece reconhecimento e uma medalha, mas também uma recompensa financeira de 11 milhões de coroas suecas, aproximadamente R$ 5,85 milhões. Desde 1901, a premiação tem sido concedida a cientistas que realizaram descobertas significativas, seguindo o legado deixado por Alfred Nobel. Embora a premiação tenha uma longa história, a representação feminina ainda é limitada, com apenas cinco mulheres laureadas até o momento, incluindo a icônica Marie Curie.