Nesta sexta-feira (11), o grupo japonês Nihon Hidankyo foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, reconhecendo seu trabalho na promoção da paz e na oposição ao uso de armas nucleares. A organização, composta por sobreviventes dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, tem se dedicado a compartilhar suas histórias e a conduzir campanhas educacionais que alertam sobre os perigos das armas nucleares. Desde o lançamento das bombas atômicas em 1945, que resultaram na morte de dezenas de milhares de pessoas e na devastação de duas cidades, o grupo tem desempenhado um papel fundamental na conscientização global sobre os horrores da guerra nuclear.
Os bombardeios, autorizados pelo presidente Harry S. Truman, foram um ponto crucial no final da Segunda Guerra Mundial, levando à rendição do Japão. No entanto, a decisão de usar as bombas atômicas gerou controvérsias e críticas, com muitos historiadores e líderes, como o ex-presidente Dwight D. Eisenhower, questionando a necessidade e a moralidade desses ataques. Com o tempo, a percepção pública sobre o uso de armas nucleares foi mudando; uma pesquisa recente indicou que apenas 14% dos japoneses consideram justificada a ação, enquanto a aprovação entre os americanos também diminuiu ao longo dos anos.
O Parque Memorial da Paz em Hiroshima e o Museu Memorial da Paz são marcos que preservam a memória das vítimas e promovem a reflexão sobre as consequências das armas nucleares. Em 2016, o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez uma visita histórica ao local, enfatizando a importância de um mundo sem armas nucleares. O reconhecimento do trabalho do Nihon Hidankyo com o Nobel da Paz ressalta a necessidade contínua de diálogo e ação contra a proliferação nuclear, buscando um futuro mais seguro para todos.