O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, anunciou o afastamento de cinco parentes do governador do Maranhão devido a práticas de nepotismo. A decisão, divulgada na última sexta-feira, enfatiza que a administração pública deve ser impessoal, priorizando o interesse coletivo em vez de interesses pessoais ou familiares. A ação foi motivada por um questionamento do partido Solidariedade, que apontou a nomeação de 14 parentes do governador para cargos públicos, dos quais sete foram considerados em cargos políticos pela Procuradoria-Geral da República.
Os servidores afastados ocupavam posições significativas em diversas secretarias e empresas do estado. Moraes destacou que a prática do nepotismo é considerada imoral e prejudica a ética institucional, comprometendo a confiança da sociedade nas instituições públicas. A decisão busca reforçar a necessidade de uma gestão pública transparente e livre de favorecimentos familiares, alinhando-se aos princípios de razoabilidade esperados pela comunidade.
Além do afastamento, Moraes também requisitou que o governador e o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão informem, em até cinco dias, a presença de parentes em cargos de chefia ou direção. O governador, por sua vez, optou por não se pronunciar sobre a decisão e a tentativa de contatar as defesas dos afastados está em andamento. Essa medida reflete uma crescente vigilância sobre a ética nas administrações públicas e o combate ao nepotismo no Brasil.