A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, enfatizou a importância de os governos realizarem reformas fiscais para se prepararem para futuros choques econômicos, similar à crise provocada pela covid-19. Em seu discurso antes das reuniões anuais do FMI, ela alertou sobre a urgência de reduzir a dívida pública e reconstruir amortecedores econômicos, destacando que novos desafios podem surgir mais cedo do que se espera.
Georgieva observou que o ajuste fiscal apresenta escolhas difíceis e geralmente não é uma medida popular. Um estudo recente do FMI revela que, mesmo partidos políticos tradicionalmente conservadores em questões fiscais, estão se inclinando mais a aumentar gastos por meio de empréstimos. Essa mudança na retórica política tem dificultado a implementação de políticas fiscais mais rigorosas.
Apesar das dificuldades, a diretora-gerente do FMI defendeu que as reformas fiscais são fundamentais para promover inclusão e criar oportunidades. No médio prazo, ela destacou a importância do crescimento econômico para gerar empregos, aumentar a receita fiscal e garantir a sustentabilidade da dívida pública, essencial para enfrentar crises futuras.