Na Venezuela, o presidente decretou a antecipação das celebrações natalinas para 1º de outubro, uma decisão que resultou em uma decoração exuberante nas cidades, incluindo uma árvore de Natal monumental em Caracas. Apesar de a festividade estar oficialmente em andamento, a antecipação gerou críticas e ironias tanto nacional quanto internacionalmente, especialmente considerando o contexto de instabilidade política e uma recente crise econômica. A prefeita de Caracas e outros representantes do governo celebraram o início das festividades, buscando reafirmar a identidade nacional durante esse período.
Contudo, a antecipação do Natal se dá em meio a tensões políticas, com opositores questionando a legitimidade das eleições presidenciais e denunciando as violações de direitos humanos no país. A situação se agrava com a pressão sobre os comerciantes locais, que tentam se recuperar após meses de incerteza e repressão. Em contraste, o governo promove o Natal como um símbolo de paz e felicidade, tentando desviar a atenção das crises em curso e das dificuldades enfrentadas pela população.
A decisão do governo também provocou uma resposta da Conferência Episcopal da Venezuela, que reafirmou a data tradicional do Natal em 25 de dezembro e criticou o uso da festividade para fins políticos. A disputa entre autoridades civis e religiosas reflete a complexidade do ambiente político no país, onde a celebração do Natal é apresentada como um elemento de identidade cultural, mesmo que suas tradições estejam sendo contestadas e adaptadas para atender a agendas governamentais.