A Nasa lançou, em 14 de outubro, a missão Clipper, destinada a buscar sinais de vida em Europa, uma das luas de Júpiter. A missão foi adiada devido ao furacão Milton e deve levar cerca de cinco anos e meio para chegar ao satélite, que é coberto por uma espessa camada de gelo e abriga um vasto oceano subterrâneo. A descoberta de água em Europa é considerada fundamental, pois sugere a possibilidade de condições adequadas para a vida, levando a questionamentos sobre a existência de vida em outros locais do Sistema Solar.
Cientistas acreditam que, se a vida for encontrada em Europa, isso indicaria que a vida pode ter surgido em momentos distintos em diferentes locais do Sistema Solar, o que mudaria a compreensão sobre a vida no universo. Com instrumentos modernos a bordo da nave, os cientistas esperam mapear a superfície da lua e coletar amostras, realizando até 50 sobrevoos. Um dos instrumentos principais, chamado Reason, foi desenvolvido para enxergar através do gelo e foi testado em ambientes semelhantes na Terra.
Embora a equipe esteja animada com a missão, os cientistas enfatizam que a busca é por condições de habitabilidade, não por vida inteligente. Para isso, são necessários três elementos essenciais: água em estado líquido, uma fonte de energia e material orgânico, que devem estar presentes em condições estáveis por um período prolongado para que a vida possa surgir.