Em julho de 2024, um mutirão de cirurgias oftalmológicas na clínica São Lucas, em Belém, resultou em complicações graves para 22 dos 40 pacientes atendidos, incluindo infecções bacterianas e a perda de visão. Os procedimentos, que envolviam tratamentos para glaucoma e catarata, foram realizados em um dia, mas a maioria dos pacientes começou a apresentar sintomas preocupantes logo após as operações. Relatos indicam que alguns pacientes, como uma mulher de 65 anos, precisaram amputar um dos olhos devido a complicações.
As autoridades de saúde e a polícia estão investigando as condições da clínica e a conduta dos profissionais envolvidos. O Conselho Regional de Medicina do Pará visitou o local e encontrou diversas irregularidades, incluindo a presença de materiais inadequados e a falta de registros de esterilização. A Vigilância Sanitária autuou a clínica por não notificar eventos adversos e pela ausência de um núcleo de segurança do paciente, enquanto a Secretaria Municipal de Saúde anunciou que os serviços da clínica serão suspensos preventivamente.
A clínica defende que todas as cirurgias foram realizadas de forma regular e dentro dos protocolos de segurança, afirmando que investiga os casos de infecção e prestando apoio às vítimas. No entanto, a situação gerou descontentamento entre os pacientes, que se sentem isolados e inseguros após os procedimentos. A comunidade e as autoridades seguem monitorando os desdobramentos desse caso, que destaca a importância de rigor nas práticas de saúde pública.
