Um mutirão realizado em Parelhas, no Rio Grande do Norte, para a realização de cirurgias de catarata resultou em complicações graves para alguns pacientes. Nos dias 27 e 28 de setembro, 48 pessoas foram submetidas ao procedimento, mas 15 delas apresentaram sintomas de endoftalmite, uma infecção ocular causada pela bactéria Enterobacter cloacae. Uma paciente de 63 anos perdeu a visão do olho esquerdo e precisou passar por uma cirurgia de evisceração ocular, gerando preocupações e angústia entre os familiares.
A prefeitura local informou que, após as ocorrências, tomou medidas imediatas, incluindo a assistência médica integral aos afetados e a notificação da empresa responsável pelas cirurgias. O município alegou que as cirurgias faziam parte do Programa Fila Zero, destinado a atender a demanda reprimida de procedimentos oftalmológicos, e que atuou de forma transparente desde o início da situação. Além disso, a prefeitura abriu um procedimento administrativo para investigar as circunstâncias do caso e as responsabilidades envolvidas.
Em resposta às reclamações, a administração municipal destacou que ofereceu suporte psicológico e cobertura dos custos de tratamento necessário, incluindo medicamentos e acompanhamento médico. A situação provocou um debate sobre a segurança das práticas médicas e a responsabilidade das instituições envolvidas na saúde pública, enquanto os desdobramentos da investigação continuam a ser monitorados.