O Ministério Público Estadual do Rio Grande do Norte concluiu que houve falhas na esterilização e higienização durante um mutirão de cirurgias de catarata em Parelhas. A investigação revelou que 15 pacientes foram infectados, resultando na perda do globo ocular em nove deles. A operação foi realizada por uma empresa contratada pela Prefeitura, que agora enfrenta a responsabilidade civil pelos danos causados.
As provas coletadas indicam que as normas de higiene e esterilização não foram adequadamente seguidas, o que contribuiu para a contaminação dos pacientes. A bactéria Enterobacter cloacae, que normalmente é encontrada no intestino, foi identificada como a causadora das infecções, gerando preocupações sobre os protocolos de segurança nos procedimentos cirúrgicos.
Em resposta à situação, a prefeitura de Parelhas afirmou que está buscando um acordo para compensar os pacientes afetados. O caso ressalta a importância de rigorosas práticas de saúde e segurança em ambientes cirúrgicos, especialmente em eventos que atendem a uma grande quantidade de pessoas. A questão da responsabilidade civil do município agora se torna um ponto central no debate sobre a qualidade dos serviços de saúde prestados à população.
