Uma manicure de 38 anos relatou ter enfrentado gordofobia ao solicitar corridas de motociclistas por aplicativo em Guarujá, SP. A mulher afirma que, após avisar um dos profissionais sobre seu peso, recebeu a negativa de cinco motociclistas, que cancelaram as corridas assim que a viram. Marília Pereira da Cruz sentiu-se constrangida e discriminada, tendo perdido uma consulta médica devido à recusa dos condutores.
Após os cancelamentos, Marília enviou uma mensagem a um motociclista informando que era “gordinha”, mas ele imediatamente cancelou a corrida. Ao perceber que a situação poderia ser motivada por preconceito, ela registrou um boletim de ocorrência por difamação e procurou um advogado para ações cíveis e criminais contra os motociclistas e a empresa do aplicativo. A manicure afirmou que a conduta dos profissionais configura injúria e busca responsabilizar a empresa por danos morais.
A empresa de transporte, 99, lamentou o ocorrido e declarou que está investigando o caso internamente. Em nota, ressaltou que discriminação de qualquer tipo não é tolerada e que investe em treinamento para seus motociclistas. Marília optou por bloquear os motociclistas envolvidos, consciente de que a prática de discriminação pode afetar outras pessoas além dela.