O mercado imobiliário brasileiro tem passado por transformações significativas, impulsionadas pela elevação dos custos de construção, que tem levado a uma recomposição nos preços dos imóveis. O perfil dos apartamentos intermediários, com metragem entre 45m² e 100m², está mudando, com uma crescente demanda por unidades menores, refletindo a limitação do poder de compra da classe média. Especialistas destacam que esse cenário é resultado da adaptação das incorporadoras, que precisam atender a um público que busca imóveis mais acessíveis e que incorpora novas tecnologias e diferenciais.
Em 2024, o setor imobiliário continua aquecido, com um aumento nos lançamentos e nas vendas em comparação ao ano anterior. Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) indicam um crescimento de 5,7% nos lançamentos e 15,2% nas vendas de unidades residenciais. Apesar do cenário positivo, o aumento dos preços, decorrente do crescimento nos custos de construção, tem pressionado a classe média, que busca alternativas mais econômicas, levando as construtoras a focar em apartamentos menores e mais acessíveis.
As preferências dos consumidores têm se inclinado para imóveis localizados em áreas estratégicas, que oferecem praticidade e custos reduzidos de manutenção. Elementos como espaços de coworking, lavanderias coletivas e infraestrutura para veículos elétricos estão se tornando cada vez mais comuns nos lançamentos. Com a combinação de uma demanda por imóveis menores e a inclusão de diferenciais atrativos, o mercado imobiliário se mostra resiliente e apto a continuar em expansão, mesmo diante dos desafios econômicos enfrentados.