O presidente da Argentina anunciou a dissolução da Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP), que será substituída pela Agência de Arrecadação e Controle Aduaneiro (ARCA). Esta mudança, divulgada pelo porta-voz da presidência, Manuel Adorni, faz parte de uma estratégia mais ampla do governo para reduzir o tamanho do Estado e eliminar estruturas consideradas ineficientes. A nova agência terá uma estrutura mais simples e menos burocrática, buscando maior eficiência e redução de custos.
A reforma proposta prevê uma significativa diminuição no número de cargos, com uma redução de 45% nos cargos superiores e 31% nos níveis inferiores. Além disso, haverá a desvinculação de 3.155 funcionários que teriam sido admitidos irregularmente durante o governo anterior, representando cerca de 15% do total de pessoal da AFIP. O governo argumenta que essas medidas são essenciais para desmantelar a burocracia que impede a liberdade econômica e comercial no país.
A reação a essas mudanças foi imediata, com o sindicato dos aduaneiros (SUPARA) convocando uma assembleia para protestar contra a dissolução da AFIP. O sindicato expressou forte desapreço pela medida, alegando que a demissão em massa de funcionários viola a Constituição Nacional e as normas trabalhistas vigentes. O debate sobre a reforma promete acirrar as tensões entre o governo e os trabalhadores do setor público.