Kamala Harris, durante sua trajetória como promotora e política, demonstrou uma abordagem em constante evolução em relação a questões polêmicas, como a pena de morte e a aplicação da lei. Embora tenha se oposto firmemente à pena capital ao se tornar promotora distrital de São Francisco, prometendo honrar esse compromisso, sua posição mudou quando concorreu à procuradoria-geral da Califórnia, onde se comprometeu a aplicar a lei como estabelecido. Este tipo de mudança de posição gerou críticas, com adversários acusando-a de falta de consistência, enquanto seus apoiadores a veem como uma política que evolui conforme novas evidências surgem.
Além disso, Harris enfrentou desafios em sua função como procuradora-geral, especialmente em relação a questões de reforma policial e investigações independentes sobre má conduta policial. Sua recusa em apoiar legislações que garantissem regulamentações estaduais abrangentes sobre o uso de câmeras corporais e a condução de investigações independentes em casos de tiroteios fatais gerou descontentamento, especialmente entre defensores dos direitos civis. Apesar disso, sua defesa posterior da necessidade de supervisão independente destaca a complexidade de sua posição ao longo dos anos.
Por fim, sua trajetória ilustra as dificuldades que muitos políticos enfrentam ao tentar equilibrar diferentes interesses e a pressão por reformas no sistema de justiça criminal. O legado de Harris como promotora é marcado por inovações e controvérsias, refletindo uma tentativa de abordar as desigualdades raciais e promover mudanças significativas, mesmo que isso tenha levado a contradições em sua carreira política. Essa evolução constante em suas políticas e valores provoca um debate sobre a autenticidade e eficácia de sua liderança no combate à injustiça social.