O Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) declarou não ter encontrado provas de ilegalidade nas operações financeiras de um artista local, que se vê envolvido em investigações sobre lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em setembro, o artista foi indiciado pela Polícia Civil e teve sua prisão preventiva decretada, mas essa decisão foi posteriormente revogada pela Justiça, embora a investigação continue. O MP-PE argumenta que as evidências contra o artista são frágeis, destacando que pagamentos recebidos por sua empresa decorrem da compra de uma aeronave e que a apreensão de valores em espécie não implica automaticamente em atividades ilegais.
A defesa do artista afirmou que todas as operações comerciais foram realizadas de maneira legal e respaldadas por contratos e comprovantes bancários, contestando as alegações de envolvimento em crimes. Além disso, argumenta que os valores encontrados em seu cofre são resultantes de saques da conta da empresa. O MP-PE, ao avaliar o caso, reconheceu que as justificativas apresentadas para a prisão inicial não demonstraram a materialidade dos crimes alegados, o que levou à revogação da prisão.
As investigações, que começaram em 2023, visam desmantelar uma organização criminosa que operava com jogos de azar ilegais. A polícia suspeita que o grupo utilizava empresas de eventos e outras instituições para lavar dinheiro, além de explorar tanto sites de apostas regulares quanto atividades ilícitas. O caso permanece sob análise judicial, enquanto a defesa aguarda a decisão sobre um habeas corpus em tramitação.