Os principais partidos da Câmara dos Deputados se dividiram em suas abordagens sobre a sucessão de Arthur Lira. O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu apoiar a candidatura de Hugo Motta, enquanto o Partido Liberal (PL) ainda não definiu sua posição, enfrentando pressão interna. A ala bolsonarista do PL exige uma postura mais firme e uma lista de reivindicações para apoiar um candidato, o que contrasta com a maioria que se inclina a apoiar Motta, indicado por Lira.
A estratégia de Lira para consolidar apoio a Motta gerou descontentamento entre os bolsonaristas, especialmente após sua decisão de transferir um projeto de lei crucial que visava a anistia a condenados pelo Supremo Tribunal Federal, o que poderia atrasar sua tramitação. Críticas à liderança de Lira surgiram, com membros do PL expressando frustração e apontando que a bancada não pode acelerar o processo de tramitação da anistia, mesmo com promessas de um parecer da comissão especial ainda este ano.
Apesar do desejo de alguns deputados por uma candidatura própria, o líder do PL na Câmara confirmou que a maioria já está comprometida com o apoio a Hugo Motta. A insatisfação com a condução dos trabalhos e a pressão do eleitorado por uma solução para a questão da anistia refletem um clima de incerteza e tensão dentro do PL, complicando ainda mais a dinâmica política em torno da sucessão na Câmara.