O ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, réu no caso do assassinato de uma vereadora e seu motorista em 2018, admitiu em audiência que a motivação para o crime foi financeira. Segundo suas declarações, ele teria recebido a oferta de R$ 25 milhões para executar a vereadora, destacando que se arrepende de suas ações e pediu perdão às famílias das vítimas e à sociedade. O julgamento, que começou nesta quarta-feira, pode resultar em penas de até 84 anos de prisão para os acusados.
O ex-policial afirmou que o assassinato da vereadora teria sido planejado devido ao temor de que ela interferisse em dois loteamentos de terrenos controlados por uma milícia na região do Tanque, no Rio de Janeiro. Ele relatou que foi informado de que a vereadora se reunira com líderes comunitários para contestar essas operações ilegais, o que a tornou um obstáculo para os interesses dos mandantes do crime. Essa suposta ameaça levou à decisão de eliminá-la.
Além de confessar sua participação, o réu mencionou que está colaborando com a Justiça ao delatar outros envolvidos no caso, com a intenção de amenizar a dor das famílias afetadas. Ele expressou que, embora não possa reverter os eventos passados, está disposto a assumir suas responsabilidades e esclarecer todos os aspectos relacionados ao crime. O processo continua, com mais testemunhas sendo ouvidas em tribunal.