O cinema nacional perdeu uma de suas principais referências com o falecimento do cineasta e professor Vladimir Carvalho, aos 89 anos, devido a complicações de saúde. O governador do Distrito Federal decretou luto oficial de três dias em homenagem ao legado deixado por Carvalho, que se destacou por sua arte voltada para a denúncia de injustiças sociais e pela formação de cineastas que enriqueceram a linguagem cinematográfica brasileira. Sua obra foi especialmente significativa em um período de censura e perseguição política no país.
Vladimir Carvalho, natural da Paraíba, teve uma trajetória marcante, que incluiu sua mudança para Brasília, onde se tornou um dos primeiros professores da Universidade de Brasília e integrou o movimento do cinema novo. Entre suas produções mais reconhecidas estão “O País de São Saruê”, “O Itinerário de Niemeyer” e “Barra 68”. Sua contribuição para o cinema brasileiro foi amplamente elogiada por diversos profissionais do setor, que ressaltaram a importância de suas documentações culturais e seu papel na promoção do cinema brasileiro no cenário internacional.
Em 2015, Carvalho recebeu uma homenagem na abertura do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, onde expressou seu amor pela capital e pelo cinema, refletindo sobre sua trajetória de 45 anos. A morte do cineasta é considerada uma perda irreparável, destacando não apenas seu trabalho, mas também o carinho que nutria por Brasília, sua cidade adotiva. A repercussão de seu falecimento evidencia o impacto de sua obra e a relevância de seu legado na história do cinema brasileiro.