O poeta Antonio Cicero faleceu aos 79 anos na Suíça, onde se submeteu a um procedimento de morte assistida após ser diagnosticado com Alzheimer. Reconhecido por sua versatilidade, Cicero era membro da Academia Brasileira de Letras e deixou um legado significativo na música e na literatura brasileira, principalmente por meio de suas parcerias com sua irmã, a cantora Marina Lima, e outros artistas renomados. Ele se destacou não apenas por suas poesias, mas também pela capacidade de unir erudição e popularidade em suas obras.
Nos últimos dias, Cicero participou de atividades na Academia e leu um poema de Carlos Drummond de Andrade para seus colegas. Após uma viagem a Paris, ele decidiu, junto a seu companheiro, que queria encerrar sua vida com dignidade. Uma carta de despedida foi deixada para amigos próximos, na qual expressou seu amor e esperança de ter vivido com dignidade. A decisão de Cicero sobre a morte assistida suscitou reflexões sobre sua vida e escolhas.
A morte do poeta gerou uma onda de homenagens de colegas e amigos, como Caetano Veloso e Adriana Calcanhotto, que ressaltaram não apenas seu talento, mas também a profundidade de sua amizade e o impacto que ele teve em suas vidas. Cicero é lembrado como um grande letrista e filósofo, e sua obra continua a ressoar na memória afetiva da cultura brasileira, simbolizando um legado que transcende gerações.