Fethullah Gülen, um clérigo muçulmano e um dos principais opositores do governo turco, faleceu aos 83 anos nos Estados Unidos, onde estava internado. Gülen havia vivido em autoexílio por 25 anos, após deixar a Turquia em meio a tensões políticas com o governo de Recep Tayyip Erdogan. Sua morte ocorre em um contexto de conflitos prolongados e acusações políticas que marcaram sua vida e sua carreira.
Gülen liderava um movimento islâmico que se autodenominava moderado, mas que o governo turco classifica como uma organização terrorista. Em 2016, Erdogan o acusou de ser o mentor de um golpe de Estado que não obteve sucesso, alegação que Gülen sempre negou. Esse episódio gerou um ambiente de repressão a seus seguidores na Turquia e o aprofundamento das divisões políticas no país.
Com a morte de Gülen, surgem novas incertezas sobre o futuro do movimento que ele liderava e as implicações para a oposição turca. A sua figura, envolta em polêmicas e rivalidades políticas, continuará a ser um símbolo das complexas dinâmicas entre o governo turco e os que se opõem a ele. A situação política na Turquia, já tensa, poderá sofrer novos desdobramentos em decorrência desse evento significativo.