Moradores do residencial Greenvile, em Porto Velho, estão enfrentando uma grave crise de abastecimento de água, ficando sem acesso ao recurso por quase dois meses. Segundo a Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia (Caerd), a situação se agrava devido à seca histórica do rio Madeira, que tem fragilizado os lençóis freáticos da região. A escassez forçou os residentes a racionar a água disponível e depender de caminhões-pipa para atender às necessidades básicas, como beber e cozinhar.
Apesar das tentativas de solucionar o problema, como o retorno temporário do abastecimento após a intervenção do Ministério Público de Rondônia, a situação piorou com o esgotamento do poço que supria a área. Muitos moradores relatam dificuldades para obter água, já que os caminhões nem sempre conseguem atender a todos, obrigando-os a esperar horas em frente a suas casas. A companhia responsável reconhece que a capacidade de produção dos poços caiu em cerca de 30% devido à seca, tornando a necessidade de perfurar novos poços uma medida emergencial.
A seca no estado de Rondônia é considerada a mais severa já registrada, com o rio Madeira atingindo níveis críticos. Isso afetou não apenas os residentes ribeirinhos, que agora dependem de doações de água, mas também a atividade econômica, paralisando o Porto Organizado pela primeira vez na história. Com a movimentação de cargas comprometida, a situação se torna ainda mais crítica para a região, que depende do transporte fluvial para a circulação de produtos essenciais.