A agência de classificação de risco Moody’s anunciou uma elevação na nota da dívida pública brasileira, subindo de Ba2 para Ba1, o que representa uma melhora significativa na avaliação de crédito do país. Essa decisão, divulgada no início de outubro, reflete o crescimento robusto da economia brasileira e as reformas econômicas e fiscais recentes. A Moody’s ressaltou a importância do compromisso do governo com as metas fiscais e a trajetória de estabilização da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), destacando a reforma tributária como um fator crucial para aprimorar o ambiente de negócios e aumentar o potencial de crescimento a longo prazo.
Além das reformas, a Moody’s projetou uma expectativa de melhora gradual nas contas públicas nos próximos três anos, impulsionada por esforços para aumentar a arrecadação, especialmente entre as classes mais altas, e por iniciativas de revisão de despesas. A agência também mencionou que, apesar da elevada dívida pública e das taxas de juros, o Brasil possui ativos líquidos significativos, sendo credor externo desde 2006, com reservas internacionais que superam a dívida externa. A Moody’s elogiou a prática do governo de se financiar principalmente em moeda local, o que proporciona maior segurança financeira.
O Ministério da Fazenda, em sua nota, reafirmou o empenho do governo em melhorar as contas públicas, visando não apenas a estabilização da relação dívida/PIB, mas também a redução das taxas de juros e a melhoria das condições de crédito. O objetivo é criar um ambiente favorável para a expansão dos investimentos, tanto públicos quanto privados. Desde 2017, a classificação do Brasil permanece dois níveis abaixo do grau de investimento, mas a recente elevação da nota pela Moody’s é considerada um sinal positivo no contexto econômico do país.