A Moldávia, situada entre a Romênia e a Ucrânia, é uma nação marcada por uma história de divisão e dependência. Após a dissolução da União Soviética em 1991, o país lutou por sua independência, mas já enfrentava a guerra de secessão na região da Transnístria, que permanece sem reconhecimento internacional. Com uma população de menos de 3 milhões de habitantes e uma economia vulnerável, a Moldávia adotou uma postura de neutralidade, tentando equilibrar relações com a União Europeia e a Rússia, enquanto a presidente Maia Sandu busca uma maior integração cultural e econômica com os países europeus.
Recentemente, a Moldávia passou por eleições presidenciais e um referendo que propunha mudanças constitucionais para oficializar a adesão à União Europeia como um objetivo nacional. Apesar da vitória da presidente Maia Sandu, que obteve 42,45% dos votos, ela enfrentará um segundo turno contra o socialista Alexandr Stoianoglo, que atraiu apoio de facções pró-russas. O referendo foi aprovado por uma margem apertada, com 50,46% a favor da integração europeia e 49,54% contra, refletindo a divisão interna da nação e o receio de alguns cidadãos em relação a uma aliança mais estreita com a Europa.
A Moldávia, assim como a Ucrânia, vive sob a sombra de sua história soviética, com preocupações constantes sobre a influência da Rússia em sua política. A integração à União Europeia é vista por muitos como uma oportunidade de desenvolvimento econômico, mas também suscita temores de uma possível escalada de tensões com Moscou. O futuro do país dependerá da reeleição de Maia Sandu e de sua capacidade de navegar entre essas complexidades, em busca de um equilíbrio que permita ao povo moldavo decidir seu próprio destino.