A Moldávia realizou um referendo em 21 de outubro, no qual 50,39% dos votantes optaram pela adesão à União Europeia, enquanto 49,61% se manifestaram contra. O pleito ocorreu em meio a alegações de interferência russa, com a presidente do país denunciando tentativas de sabotagem ao processo de integração. A solicitação de adesão foi feita após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, momento em que a Moldávia recebeu o status de candidato. A Comissão Europeia expressou preocupação com a situação, ressaltando a intimidação por parte do Kremlin e apoiando a entrada da Moldávia no bloco europeu.
O contexto eleitoral foi marcado pela participação da presidente Maia Sandu, que obteve 42% dos votos em uma eleição presidencial, se preparando para um segundo turno contra um opositor que conquistou 26%. Durante a votação, a polícia desmantelou um esquema de compra de votos, com indícios de envolvimento de um oligarca local. Investigações revelaram tentativas de influenciar o resultado por meio de ofertas financeiras a eleitores, o que gerou um clima de desconfiança e tensão no processo eleitoral.
Além das questões de compra de votos, as autoridades prenderam indivíduos relacionados a atividades de agitação social, vinculadas ao pleito. O referendo e as denúncias de irregularidades ressaltam a complexidade do cenário político moldavo, que se debate entre a integração europeia e as pressões externas. A situação é monitorada de perto pela comunidade internacional, que observa os desdobramentos e as implicações para a estabilidade da região.