A prática de utilizar modelos prontos de redação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem se tornado comum entre os estudantes em busca de uma solução rápida para melhorar seu desempenho nas provas. Muitos alunos acreditam que decorar esses textos os ajudará a atender aos critérios de avaliação, que valorizam mais a estrutura do que a profundidade dos argumentos. No entanto, especialistas alertam que essa abordagem pode ser prejudicial, pois impede o desenvolvimento de habilidades essenciais de argumentação e adaptação ao tema proposto. Além disso, a falta de penalização para textos semelhantes pode incentivar a repetição de modelos, levando a uma avaliação superficial.
Os riscos de depender desses modelos incluem a possibilidade de que o tema não se encaixe perfeitamente, resultando em notas insatisfatórias. Estudantes que utilizaram essa estratégia relatam frustração ao perceber que suas redações, embora formatadas corretamente, carecem de conteúdo relevante e argumentação coesa. A memorização de textos inteiros também pode causar ansiedade, já que os alunos podem esquecer partes do que decoraram e ficar desestabilizados durante a prova. Isso contrasta com aqueles que se dedicam a escrever e praticar, que tendem a ter um desempenho melhor em diferentes vestibulares, pois adaptam suas redações às especificidades de cada avaliação.
Para evitar os problemas associados ao uso de modelos prontos, especialistas recomendam que os estudantes se concentrem em entender a estrutura geral de uma redação do Enem e em fortalecer seu repertório sociocultural. Ao invés de memorizar textos, é mais eficaz aprender a relacionar ideias e abordar temas variados, o que pode levar a um desempenho mais satisfatório e original nas redações. Assim, o foco deve ser na prática constante e no desenvolvimento de uma argumentação sólida, que permitirá ao aluno se destacar tanto no Enem quanto em outros vestibulares.