A Nasa lançou na tarde de segunda-feira, 14, a missão Clipper, que tem como objetivo explorar Europa, uma das luas de Júpiter, em busca de sinais de vida alienígena. A missão, que estava programada para ser lançada na semana anterior, foi adiada devido ao furacão Milton. A Clipper levará cerca de cinco anos e meio para chegar ao seu destino, onde espera-se encontrar um vasto oceano subterrâneo sob uma espessa camada de gelo. A presença de água é considerada um dos principais requisitos para a existência de vida, e os resultados dessa missão podem transformar nossa compreensão sobre a vida no Sistema Solar.
Desde os anos 1970, quando observações telescópicas indicaram a presença de gelo em Europa, o interesse em sua potencial habitabilidade aumentou. As naves Voyager 1 e 2 e, posteriormente, a nave Galileo, capturaram imagens intrigantes da superfície do satélite, revelando fissuras que poderiam indicar a presença de compostos químicos necessários para a vida. O Telescópio Espacial Hubble também observou jatos de água que parecem surgir da lua, mas nenhuma missão anterior conseguiu realizar uma investigação detalhada. Agora, com instrumentos modernos, os cientistas esperam mapear completamente Europa e coletar dados sobre seu ambiente.
A Clipper é a maior espaçonave já construída para explorar um corpo celeste distante e fará várias manobras para ganhar impulso antes de se dirigir a Júpiter. Embora a missão tenha o potencial de revelar condições favoráveis à vida, os cientistas enfatizam que não estão buscando vida inteligente, mas sim as condições de habitabilidade, que incluem a presença de água líquida, fontes de energia e material orgânico. As descobertas da missão podem levar a um novo entendimento sobre a vida no universo, especialmente se confirmar a existência de vida em múltiplos locais do Sistema Solar.