Após a aprovação do pacote que visa limitar as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, ministros da Corte expressaram a expectativa de que o presidente da Câmara, Arthur Lira, não avance com os projetos. Esses projetos conferem ao Congresso o poder de anular decisões do STF e restringem as decisões monocráticas de seus ministros. Apesar do apoio de diversos parlamentares, há uma percepção de que essa iniciativa pode ser considerada inconstitucional.
Aliados de Lira afirmam que o presidente não pautará essas matérias, especialmente em um momento em que se aproxima sua sucessão na presidência da Câmara. Eles acreditam que essa leitura serve para proteger Lira de pressões políticas, particularmente em relação ao apoio que busca em Alagoas para candidatos aliados. Enquanto isso, a atenção se volta para os possíveis candidatos à sua sucessão, incluindo deputados de diferentes partidos que já estão se posicionando para a disputa.
A situação reflete um clima de tensão entre o Congresso e o STF, onde parlamentares expressam desconforto com a atuação da Corte em questões legislativas. Com o pacote anti-STF avançando na Câmara, a discussão sobre o equilíbrio de poderes e o papel do Judiciário no Brasil continua a ser um tema central no debate político atual.