O Ministério de Minas e Energia se reunirá na próxima terça-feira (15) para decidir sobre a implementação do horário de verão no Brasil em 2024. O ministro Alexandre Silveira destacou a urgência da decisão, especialmente diante da atual crise hídrica que afeta a geração de energia nas hidrelétricas. Ele mencionou que, caso a situação energética seja crítica, a adoção do horário de verão se torna imprescindível, mesmo que sua eficiência econômica não seja garantida. Silveira enfatizou a importância do diálogo entre os setores envolvidos para que haja uma transição adequada e que a previsibilidade seja mantida.
O ministro também observou que a política do horário de verão não deve ser tratada como uma questão ideológica, já que é uma prática adotada em diversos países. Ele fez referência à grave crise hídrica atual, que é considerada a pior em 73 anos, e como isso impacta a capacidade das usinas hidrelétricas de atender à demanda energética. A decisão sobre o horário de verão deve ser considerada com cuidado, uma vez que tem implicações diretas em vários setores da economia, incluindo aviação e segurança pública.
Além disso, Silveira garantiu que a adoção do horário de verão não interferiria nas eleições marcadas para o dia 27 de outubro, pois seria necessário um planejamento de pelo menos 20 dias. As projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicam incertezas sobre as condições do período úmido, sugerindo a necessidade de medidas operacionais para garantir a segurança do Sistema Interligado Nacional. A reunião da próxima semana é vista como fundamental para abordar a questão energética e sua relação com o horário de verão.