O ministro do Supremo Tribunal Federal suspendeu a nomeação de cinco servidores de alto escalão do governo do Maranhão devido a suspeitas de nepotismo. A decisão foi tomada a partir de uma solicitação do partido Solidariedade, que apresentou 14 casos relacionados a parentes do governador, argumentando que a presença de familiares em cargos estratégicos compromete a gestão pública. Desde 2008, o nepotismo é proibido nas esferas Judiciária, Executiva e Legislativa, conforme estipulado pelo STF.
Na decisão, o ministro enfatizou a importância da impessoalidade na administração pública, ressaltando que o nepotismo é imoral e prejudica a ética institucional. Ele destacou que o uso de cargos públicos para favorecer interesses familiares fere o princípio de razoabilidade que deve reger as ações do Estado. Os servidores citados na decisão incluem familiares diretos do governador, como cunhados e sobrinhos, que ocupam posições significativas nas estruturas do governo e de empresas relacionadas.
Em resposta, o governador contestou a decisão, argumentando que os cargos ocupados pelos servidores são de natureza política, o que, segundo ele, não infringiria as normas sobre nepotismo. Ele também alegou que alguns dos casos mencionados não apresentam vínculos claros de parentesco ou nepotismo cruzado. A controvérsia ressalta as tensões entre a prática política e os princípios éticos que regem a administração pública no Brasil.